A algaroba (Prosopis juliflora Griseb.) é uma espécie difundida e estudada em muitas regiões semiáridas do mundo visando produção forrageira e madeireira. O interesse da APNE por realizar esta pesquisa aplicada nos algarobais espontâneos do Nordeste surgiu de estudos prévios sobre o consumo de lenha nas indústrias cerâmicas, realizados nos anos 2012 e 2013 em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no contexto do projeto “Eficiencia Energética en Ladrilleras de América Latina (EELA)(http://www.int.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/item/5895).

Nesses estudos constatou-se a crescente importância da lenha de algaroba como combustível industrial nos Estados de Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A partir desta constatação surgiram algumas perguntas:
  • qual é a superfície dos algarobais produtivos e sua tendência ?
  • qual é o potencial de produção sustentável de madeira dos algarobais?
  • para que e como estão sendo manejados os povoamentos de algaroba?
  • quais impactos ambientais, econômicos e sociais gera atualmente (e pode gerar no futuro) o uso sustentável deste recurso? 
Estas questões se inserem num contexto mais amplo de preocupação com a sustentabilidade do uso e as perspectivas de conservação dos recursos naturais como um todo dentro do semiárido nordestino. Entende-se que as respostas a estas perguntas são relevantes principalmente para:
  • os estados onde existem povoamentos importantes de algaroba;
  • a gestão das áreas susceptíveis à desertificação;
  • os setores da economia regional que dependem da lenha como fonte de energia e da forragem para sustentar a pecuária.
Os mapas disponibilizados a seguir são o resultado do mapeamento dos algarobais espontâneos em cinco estados: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. O mapeamento foi realizado a partir da interpretação de imagens de satélite (Google Earth) com forte reambulação em campo.

Os mapas apresentam três classes de cobertura/densidade dos povoamentos:
  • Alta:  > 75% de cobertura de copas
  • Média: 50 a 75% de cobertura de copas
  • Baixa:  25 a 50% de cobertura de copas
Cada classe também se relaciona a um estoque e um nível de produtividade florestal, indicando o seu potencial de produção de biomassa.



Em termos de percentual de algarobais espontâneos com relação à superfície de cada estado, obtém-se o seguinte quadro:
Pernambuco: 0,68%
Rio Grande do Norte: 0,33%
Paraíba: 0,51%
Sergipe: 0,05%
Alagoas: 0,18%

O estudo em Pernambuco (http://www.cnip.org.br/livro/algaroba_livro_final.pdf) foi  apoiado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em parceria com o Fundo Clima (MMA).  Os levantamentos no Rio Grande do Norte e Paraíba foram apoiados pelo INT – Projeto EELA. O estudo no estado do Sergipe foi apoiado pelo Projeto BRA/14/G32 PIMS 3066 Sergipe. O levantamento em Alagoas foi realizado com recursos próprios.

Abaixo os mapas com o Mapeamentos nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas.

Confira o mapa com a Distribuição de Pernambuco



Confira o mapa com a Distribuição do Rio Grande do Norte



Confira o mapa com a Distribuição da Paraíba



Confira o mapa com a Distribuição de Sergipe




Confira o mapa com a Distribuição de Alagoas